'Se não tiver star no Rio é hora de pendurar as chuteiras', diz Torben
Velejador lamenta decisão da Isaf de excluir classe dos Jogos de 2016 e cogita a possibilidade de encerrar carreira após Londres-2012, caso consiga vaga
Torben Grael e Marcelo Ferreira disputaram o Match
Race Brasil no fim de semana (Foto: Divulgação)
Torben Grael já pensa na possibilidade de encerrar a carreira depois dos Jogos de Londres-2012, caso consiga a vaga. A decisão da Federação Internacional de Vela (Isaf), que optou pela exclusão da classe star do programa das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, motiva o dono de cinco medalhas olímpicas a antecipar o seu adeus.
- Eu e Marcelo Ferreira ainda estamos tentando uma vaga para 2012 na classe. Já fiz seis Olimpíadas. Se não tiver star no Rio é hora de pendurar as chuteiras realmente. A decisão da Isaf já era esperada, mas eu tinha alguma esperança. Lamento e considero a posição política e não técnica. A star não poderia ficar de fora das Olimpíadas - lamentou Torben.
O proeiro Marcelo Ferreira, que forma parceria com Torben desde Atlanta-96, adota o mesmo discurso.
- Já estamos em uma campanha difícil para classificar a dupla. E sem a star não tem a menor chance de eu fazer campanha olímpica em qualquer outra classe. É o fim da linha.
Depois de ficar de fora de Munique-72, a classe voltou a ser disputada na edição de Moscou-80. Em 1997, foi decidido que ela não seria disputada nos Jogos de Sydney-2000 mas, após muita pressão, voltou a fazer parte do programa. A Confederação Brasileira de Vela e Motor pedirá ajuda ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para resolver a questão. O país sede pode escolher acrescentar mais uma classe, neste caso, aumentando de 10 para 11.
- A questão pode ser revertida de forma política agora. Nesse aspecto, a gente precisa acreditar na força do Comitê Organizador dos Jogos de 2016. A entidade tem um papel importante para convencer as autoridades de que a classe é representativa no Brasil e no mundo. Aqui temos ídolos do esporte nacional na star. Vou entrar nessa briga de forma conceitual. É arrasador para vela brasileira essa negativa. Defender essa causa é importante pra mim agora - disse o velejador Lars Grael.